Um convite irrecusável

 

Clarício de Araújo Cardoso

 

O sol invadiu o meu quarto, fazendo-me levantar antes das oito horas. Seus raios brilhavam com tamanha intensidade que não pude continuar deitado, pois a luminosidade não permitiu que eu continuasse repousando. Era manhã de domingo de verão e a beleza do dia que despertava me fazia um convite irrecusável: que tal fazer uma visita às comunidades marítimas em volta da baía? Não pensei duas vezes, tomei um delicioso banho, fiz o desjejum habitual, coloquei uma bermuda confortável e uma camiseta bem apropriada para a época e rumei para a Rua da Praia, onde embarquei para a Comunidade de Vila São Miguel, a poucos minutos do Centro Histórico.

Lá chegando fui logo procurando algumas pessoas do meu relacionamento. Muito solícitas, procuraram saber se eu tinha onde ficar e fizeram o convite: “fique conosco”. Agradeci a gentileza e me instalei na casa de uma delas e após o almoço saí para explorar a localidade, a qual oferece algumas opções de passeios, como por exemplo, o Morro do Careca, de onde se descortina uma bela visão da baia; o Morro da Brejaúva e a estrada que liga Ponta de Ubá a Amparo, cujo trajeto é conhecido como “Trilha Caiçara Mário Roque”. Assim, pude me conectar com a natureza e sentir bem de perto a sua importância para a nossa sobrevivência. Foi um dia inesquecível, onde as horas pareciam não passar.

A localidade se diferencia das demais por estar distante do mar, aproximadamente uns 300 metros. Para chegar ao vilarejo, caminha-se por uma passarela, um tanto inapropriada, uma vez que não possui proteção lateral e é estreita para o fluxo de pessoas. Percorrido tal trajeto, caminha-se por uma estradinha pavimentada com lajotas de concreto, atingindo-se logo as primeiras habitações e em seguida o que se pode chamar de centro da vila, onde estão localizadas a Igreja Católica, a Escola e várias casas bem apresentáveis. Como em outras comunidades marítimas, não há separação de quintais com cercas ou muros, mas algumas plantas para delimitar as moradias, mas não é regra.

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