Polarização
exacerbada
Clarício de Araújo Cardoso
Depois
daquele fatídico 8 de janeiro, desencadeou-se uma onda de extrema violência
pelo Brasil, em nome da tal liberdade de expressão e de um direito inexistente, já que o
direito à governabilidade da esquerda ficou consolidada nas
urnas. O inconformismo tomou conta dos opositores, a ponto destes exigirem
a todo custo e até mesmo pelas vias mais absurdas, uma “pátria livre”, sem
opositores, com a abolição do Estado Democrático de Direito, a extinção dos
Poderes constituídos para a criação de uma Ditadura. Ou então, pela implantação
de um Estado de Sítio, através de um mecanismo fora da lei. As provas dos fatos
vieram à tona e o “capitão mor” dizendo que não houve nenhuma tentativa neste sentido.
É um negacionista contumaz.
O
Brasil já passou por duas ditaduras (uma civil e uma militar) e os efeitos são desastrosos
até para os seus defensores, uma vez que tal regime restringe a própria
liberdade que tanto defendem. Neste maldito regime, sim, não havia espaço para
a defesa ou contraditório, uma vez que os algozes agiam de forma sumária e
cabal. Retrocesso é atraso de vida. Só
quem vivenciou esses tempos sombrios da história do Brasil, pode ter com
absoluta razão repúdio pelo Estado de
Exceção, ou seja, a retirado total dos elementos mais prementes de uma pessoa,
que são: livre circulação, expressão e segurança social, entre outros. Produzir
e espalhar notícias ou informações falsas é crime, passível de punição e punição por ato grave não é falta de liberdade,
mas sim cumprimento da lei, pois quem publica alguma coisa assume a
responsabilidade por aquilo que escreveu ou disse.
Infelizmente,
os adeptos da “Pátria Armada”, travestida de falsos valores morais distorcem as
questões polêmicas transformando-as em mote para uma polarização exacerbada; o
fato chega à raia dos ataques pessoais e até mesmo em ações gravíssimas contra
os ocupantes de cargos legitimamente conquistados. Atacam ainda a imprensa séria, alegando que ela
está a favor do atual mandatário da nação e se posicionam contra os Poderes,
sem pudor, bem como contra os partidos de esquerda. Já nem temem à própria sorte quando fazem
declarações públicas das suas atitudes maléficas e vão ao extremo para
executá-las, quando não são barradas pelos agentes de segurança. Não estão se
importando para as consequências dolorosas que podem provocar na sociedade,
inclusive nos próprios familiares.
As
pessoas têm direito de discordar das posições políticas, dos Poderes e de se
manifestarem de forma ordeira e democrática, porém sem jamais ferirem os
direitos alheios; não é através da violência e da intolerância que deve agir,
mas pela observância das leis e dos direitos constitucionais, sem meias
interpretações.
MTE 0012869/PR, para o Blog Canal do Clarício
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