Os propósitos malignos
não prevalecerão
Por
Clarício de Araújo
A Igreja, desde sempre,
esteve atenta às necessidade daqueles que mais sofrem; nos primórdios, ainda em
formação, ela já atendia os menos favorecidos pela sorte, procurando fazer
aquilo que Jesus pregava ou seja, o amor ao próximo, e os primeiros cristãos
praticavam a caridade entre si. Com o passar do tempo, essa prática se tornou
ainda mais evidente, quando o Papa Leão XIII, através da Encíclica
“Rerum Novarum (das Coisas Novas), partindo dos ensinamentos bíblicos e
apostólicos deu-se a formação da Doutrina Social da Igreja (DSI), que em resumo
visa orientar os governos e os empresários nas políticas voltadas para o
desenvolvimento das pessoas através do trabalho digno, salário justo e
crescimento social de forma igual; respeito e dignidade da pessoa humana e
entre patrões e empregados, observando-se o diálogo e as leis.
Portanto,
a Igreja procura encaminhar as questões sociais pelas vias evangélicas, isto é,
unicamente dentro da Palavra para que haja a paz entre todos e assim se propague
o Reino de Deus, pautado na caridade, aquela que une todos em um, ou seja, as
criaturas e o Criador, cujo projeto é contemplar o mundo com a sua justiça e
sua luz. Mas, infelizmente há os que prefiram as trevas, procurando infestar a
humanidade com suas ideias malévolas apregoando uma sociedade onde prevaleçam a
ganância, a usura e a mais grave de todas, a exclusão dos que em seus “entendimentos”
mesquinhos, chamam de inúteis, quais sejam, os pobres. Para os dominadores que desfrutam de um poder
aquisitivo privilegiado, quanto mais leis injustas e projetos desastrosos
existirem, mais eles terão supremacia sobre os necessitados.
No
entanto, a Igreja vê nos desfavorecidos pela sorte, um vasto campo para as suas
ações, que vão além da evangelização, pois é nos sofredores que o anúncio da
Palavra encontra eco e se propaga pelo mundo, continuando o trabalho iniciado
pelos primeiros cristãos. Seus exemplos são guardados e perpetuados para a
glorificação do Reino, por ora instável, mas que se consolidará com a plenitude
da justiça, da solidariedade, da misericórdia e do amor verdadeiro. Os
propósitos malignos não prevalecerão e nem os seus seguidores.
Comentários
Postar um comentário