Liberdade fora da lei

 

Por Clarício de Araújo Cardoso

 

O discurso de ódio, da rejeição pela ideia contrária já se tornou uma prática constante entre as pessoas que se dizem ‘patriotas’, mas que no entanto, praticam atos contrários aos verdadeiros sentimentos nacionais, atentando contra a democracia e o estado de direito, previstos na Constituição Federal, além de chegarem ao ponto de tirar a vida dos oponentes. Outros, mais extremados, dão fim à própria vida em nome de uma suposta ‘intervenção’ nos Poderes da República, pedindo inclusive a volta da Ditadura.

Dizem que são perseguidas pelo Poder Judiciário quando este tenta barrar as publicações pelas redes sociais, confundindo liberdade de expressão com provocações absurdas e até mesmo com ameaças e xingamentos; estas são práticas inapropriadas para quem quer exercer o seu direito sagrado de manifestação. Fabricam um enorme conteúdo sem fundamento, baseado apenas em supostos direitos e lançam ao público com a intenção de ganhar o apoio da população, que também desinformada ou mal informada, vai ao encontro dos “injustiçados”.

O exercício da manifestação pacífica e ordeira é um direito do todo cidadão que quer o desenvolvimento da sua Pátria, obedecendo a regra da boa convivência, respeitando as opiniões contrárias com argumentos concretos, sem ofensas e sem agressões; as posições adversas devem ficar apenas nas palavras.

O que aconteceu em Brasília, mais uma vez, foi o exercício errado de uma liberdade fora da lei; ela existe para ser obedecida e jamais ignorada em nome de uma ideologia que promova a desunião entre as pessoas, gerando um caos geral e consequentemente uma desestruturação na sociedade civil. Devemos ter cuidado com as nossas ações para não gerar uma ferida maior na Terra de Santa Cruz.

 

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