A IDADE E A QUALIDADE
DE VIDA
Por Clarício de Araújo Cardoso
Nos dias atuais, a desvalorização da
pessoa idosa tem se intensificado de forma brutal, uma vez que tão somente se
dá prioridade para a geração jovem, enquanto os da faixa etária elevada ou
próxima, que chega à casa dos 70 anos vai ficando cada vez mais excluída,
esquecida ou simplesmente fora do contexto. A nossa sociedade é excludente,
prevalecendo a tônica de que os jovens têm vivacidade e estão dispostos a
ocuparem funções mais específicas aos dias atuais; considerando a formação e o
aprendizado modernos, isso não deixa de ser uma verdade, mas nunca uma
exclusividade.
No entanto, os mais velhos, desde que
apresentem características propícias a estes avanços, também podem exercer tais
funções, pois o que prevalece nem sempre são as condições físicas das pessoas,
mas as habilidades que cada indivíduo possa desenvolver. O que na verdade
acontece é a discriminação pela apresentação física dos idosos que não é
determinante, mas que acaba pesando na hora da contratação para o emprego ou
função.
Muitos sessentões, setentões estão em
boa forma física e mental, estão aptos para vários trabalhos e podem
desenvolver funções específicas dentro de uma empresa; são pessoas capacitadas
e na sua maioria adaptadas à tecnologia, dominando os computadores e outras
máquinas modernas. Também estão em condições de exercerem cargos de comando e
de direção dentro de uma organização comercial ou industrial, bem como dentro
de uma entidade associativa, recreativa ou até em movimentos religiosos.
Os idosos que praticam atividades
esportivas, embora não na mesma medida que os jovens, não ficam à mercê de
problemas físicos e de saúde, e assim podem exercer suas funções de forma extraordinária;
o que falta é oportunidade para que tais pessoas sejam reconhecidas e valorizadas
e dessa forma possam ter também um lugar ao sol, isto é, chance de viverem uma
vida digna e honrada através do trabalho. Os idosos podem e devem estar no
mesmo rol dos mais novos, mesmo que ainda lhes rendam a pecha de “velhos”. O
que importa é a capacidade, não a idade.
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