O domingo na Praça

 

Clarício de Araújo

 

O domingo estava convidativo para um passeio pelo centro da cidade; o azul do céu emoldurado pelas palmeiras e o manguezal do rio Itiberê era o belo cartão postal para quem procurava um lugar na Praça de Eventos. Algumas crianças e adultos procuravam se refrescar nas águas do histórico rio, o mesmo que em tempos idos foi caminho para a chegada dos primeiros povoadores que ali aportaram a fim de colonizar as novas terras do Sul.

Mas o dia na Praça era espetacular para desfrutá-lo sozinho ou acompanhado e se havia companhia, ele era perfeito para se expressar em palavras ou gestos o carinho pela pessoa amada, ainda que o sol escaldante incomodasse aqueles que se aventuraram a passar um domingo diferente; o vento leste que soprava, abrandava o calor que não poupou a pele branca, que em pouco tempo virou “pimentão”. Porém, a vontade de esquecer a rotina do dia a dia era maior que valia a pena ali permanecer até quase ao final da tarde.

O domingo na Praça foi proveitoso e recompensador, pois, além de contribuir para reposição das energias foi ainda motivo para um bate-papo descontraído com os amigos. As horas se tornam mais alegres e festivas, uma vez que os momentos ali vividos transmitiram ao coração um carrossel de emoções que ficam eternizadas na alma de quem se entrega à dimensão do amor, à vida e à natureza.

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